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Belo Horizonte,30/10/2025

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    História de uma Bailarina Gitana -Kênia González

    Kênia visitou inúmeros países tendo tido contato com povos ciganos de vários estilos e etnias. Durante esse período, passou pela Romênia, Hungria, Áustria, Grécia, Egito, Catar, Itália, Espanha e outros. Retornou ao Brasil em 2019 com uma grande bagagem

    Entrevista com Kênia Gonzaléz @keniagonzalezdance
    História de uma Bailarina Gitana -Kênia González Kênia Gonzàles, no Museu Abílio Barreto pelas lentes do Fotógrafo Marcus Neves

    Kênia González começou a dançar desde criança no colégio, iniciando no ballet como toda menina que gosta de dançar até que, já com 10 anos, uma professora atual da época chamou a sua  mãe para dizer que gostaria de inscrevê-la para um teste no ballet do Palácio das Artes, pois acreditava que Kênia amava bailar e tinha uma excelente desenvoltura.

    Kênia passou no teste e em seguida foi chamada para praticar as aulas como bolsista. Mas na época não pode seguir, pois sua mãe não tinha condições levá-la para as aulas por causa de seu trabalho, que coincidia com mesmos horários, já o seu pai  era representante comercial e trabalhava viajando, e, portanto, também não havia como levá-la.

    Então, sua mãe a colocou para fazer aulas de Jazz próximo de casa e assim ela seguiu dançando.

    Realizava apresentações de danças no colégio com músicas do Michael Jackson, Madonna, Tina Turner, Cher... e seu passatempo preferido era chamar as colegas para a garagem de sua casa, onde sua mãe colocava a caixa de som na janela da sala para ela “brincar” de dar aulas de danças para as coleguinhas! E Ela amava isso!

    Lembro-me que usávamos colant preto, meia calça, caneleira de lã, uma faixa amarrada na cabeça e dançávamos a tarde toda! Tempos bons!

    Enfim, veio a adolescência, e na época havia inúmeras danceterias em BH, e ela ia em todas as matinês de domingos!

    Onde é a atual Igreja Universal da Av. Olegário Maciel por exemplo, nessa época era o Olímpia, e eu sempre estava lá nas tardes de domingo, intercalando com a Space, a Hipodromo, a Fócus e a Arena que eram as mais famosas e legais dessa época! Minha felicidade era dançar! Outra época boa, em que era saudável meninas entre 16, 17 anos saírem com os colegas sem os pais para discotecas e sem perigos como hoje em dia. A fase passou assim como também todas essas discotecas, os discos dos anos 80 e 90 foram-se com o tempo. Mas dancei muito todo esse período continuando a fazer o que gostava!

    A fase adulta já envolvida no mercado corporativo a distanciou desse sonho de dançar. Estudou  Administração com ênfase em Marketing e passou por algumas empresas multinacionais que sugaram todo o seu  tempo e por muito tempo. Dançava somente nas festas e eventos por distração.

    Foi viver em Belgrado/Sérvia, terras balcãs, em 2018, onde viveu por um ano e visitou inúmeros países tendo tido contato com povos ciganos de vários estilos e etnias. Durante esse período, passou pela Romênia, Hungria, Áustria, Grécia, Egito, Catar, Itália, Espanha e outros.  Retornou ao Brasil em 2019 com uma grande bagagem cultural.

    Até que em um dia aleatório, Kênia avistou um quadro na parede de um restaurante que tinha uma bailarina de dança Flamenca e ali ela mergulhou nessa tela como quem mergulha no tempo, e sentiu algo especial que pulsou em suas veias ou “entranhas” como dizem os espanhóis, e segundo Kênia, foi isso que a motivou a voltar a dançar e ela queria o Flamenco, que é a dança cigana (Gitana) da Espanha! 

    Engraçado que mesmo sendo bisneta materna de meu bisavô que nasceu em Madrid e migrou-se para o Brasil no passado, eu sempre sentia uma admiração pela dança Flamenca mas nunca antes havia investido em estudos, e me perguntei: Porque não!? Então comecei a procurar em BH e acabei encontrando uma escola de Danças Ciganas, que não é Flamenco mas tem familiaridade, e com 3 meses de aulas já estava me apresentando em festivais de Danças ciganas, até que migrei para o estudo do Flamenco! Estudei com vários mestres nacionais e internacionais gabaritados do Brasil e recentemente na Espanha, me apresentei inúmeras vezes com o Flamenco, também em teatros e eventos. Acabei mesclando trejeitos do Flamenco com as danças Ciganas étnicas e criei meu próprio jeito de dançar!


    Em Sevilla/Espanha - Arquivo pessoal

    Hoje em dia, Kênia trabalha dando aulas de Gypsy Dance e Flamenco básico para iniciantes em algumas escolas de danças de BH como o Ponto da Dança (Lourdes), a 1º Passo Personal Dance (Coração Eucarístico), a Estúdio Center BH (Padre Eustáquio) e na Colab Fluir (Rua Sapucaí) e apresenta suas alunas sempre em eventos e festivais das escolas, mostrando a arte delas e o quanto qualquer pessoa é capaz de aprender a dançar!

    Tenho alunas entre 20 a 65 anos em minhas classes, e todas elas aprendem e se encantam com suas descobertas no movimento! Cada uma com seus próprios trejeitos e magia, brilham sempre quando estão em cena! Além disso trabalho como bailarina performer com apresentações temáticas com diversos personagens ( além das danças ciganas e o Flamenco) em eventos dos mais variados como, feiras de gastronomia, festas de casamentos, festas particulares de aniversários, bares, restaurantes e festas maravilhosas! É muito gratificante trabalhar com a arte da dança, com a missão de ensinar outras pessoas a dançarem, e é ainda mais gratificante poder contar com a troca de energia de todos os participantes das festas!

    Foto: Ares Fotospro

    Quem quiser conferir o excelente trabalho da bailarina Kênia González, no dia 07 de novembro, sexta-feira, ela se apresentará com a sua belíssima dança cigana, na 4º Edição da Festa GYPSY, idealizada pela Produtora de Eventos Cláudia Recchioni, na Rust Music Bar.

    A festa terá DJs e Banda MIX ao vivo tocando sucessos dos anos 70,80,90, etc.

    Link do Sympla:https://www.sympla.com.br/evento/gypsy-noite-cigana-4-edicao-rust-music-bar-07-de-novembro-21h/3138721?referrer=www.google.com

    Kênia González conta com todos vocês! 

    @keniagonzalezdance

    Foto: Ares Fotospro




    No Museu Abílio Barreto/Foto: Marcus Neves






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