Heloisa Alves de Oliveira
Bela
Criança
Bela
Bela vestia-se de cores.
Amarela, verde, azul...
Ora Bela era alegre, ora Bela sorria.
De repente, vinha aquele lápis
Que dizia e ria.
- Bela, nem todas as cores
São belas na nossa Bela aquarela.
Bela parava de colorir e sorrir.
Ah, mas, logo, logo , Bela cantarolava,
Brincava de roda, rodopiava, pulava,
Caía, levantava , tudo junto, para
Não perder nadica do dia .
Perdia a bola para os espinhos e ninhos.
Bela encontrava outra bola,
Ainda mais bela e amarela.
Corria ,corria e ria.
Lia Cecília Meireles: Leilão de Jardim.
Amava!!
Depois, esquecia e dormia.
De dia , lá ia Bela.
Contava as cores para o recreio .
No meio de notas, Bela tinha
As mais Belas.
No Coral, Bela cantava.
Ficava da cor de um Coral.
Bela, mesmo descontente, sorria e ria
Com seus belos dentes.
Bela subia no galho mais alto
Do pessegueiro, escolhia os
Frutos mais doces e comia.
De goiaba, Bela não gostava,
Parecia mangaba.
Domingo, depois da missa.
Pingos de preguiça.
O lápis aparecia, logo no domingo?
Bela entristecia , sorria e corria
De mãos soltas ,com
As cores da sua aquarela.
Mais bela não havia.
A criança mais bela , era Bela.
Heloísa Alves
Para a criança interior , a mais bela!!




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