Seja bem-vindo
Belo Horizonte,01/10/2025

    • A +
    • A -

    Heloisa Alves de Oliveira

    Pássaro Cativo

    Invalidação


    Pássaro Cativo


    Pássaro Cativo

     

    Canto e canto ,nas manhãs ensolaradas, tristes, alegres e  nubladas.

    Meu canto engaiolado!

    Minhas penas negras que ao sol brilham.

    Sinto-as entre ventanias.

    Imagino minhas asas sendo tocadas, pelas folhas das  laranjeiras,

    no outono, junto à borboleta que abre suas asas pela  primeira vez.

    Grito, ao lembrar-me da água pura no riacho de além.

    Canto, no meu silêncio , na minha solidão,

    no isolamento sofrido, na dor , na somatização que a  invalidação cruel ,

    traiçoeira e excludente me causaram, Eu canto .

    Assim, o abandono me presenteou.  Grato sou!

    Com outros pássaros pretos , não estou.

    Em coro cantam. Enquanto a mim, a  zombaria restou .

    Uma mão me segurou e não segurou.

    No silêncio ,das tardes de domingo, isolado e calado, permaneço.

    Da  minha gaiola,  vejo a esperança a banhar-me em paz.

    Às dezoito horas, canto a fé que arde de amor, em meu  peito, sem voz.

    Condenado fui , sem crime ter cometido.

    Calado  estou!

    Mais alto, canto a clamar por minha morada , minha voz,minha vida, meu amor.


    Heloísa Alves



    COMENTÁRIOS

    LEIA TAMBÉM

    Buscar

    Alterar Local

    Anuncie Aqui

    Escolha abaixo onde deseja anunciar.

    Efetue o Login

    Recuperar Senha

    Baixe o Nosso Aplicativo!

    Tenha todas as novidades na palma da sua mão.