“Ou é o maior catfish do mundo ou é o amor da minha vida e eu vou me casar com ele”, foi o que pensou a atriz e cantora Giulia Be, de 26 anos, antes de se encontrar em Los Angeles com o advogado americano Conor Kennedy, de 31 anos, sobrinhoneto de John F. Kennedy, 35º presidente dos Estados Unidos, e filho de Robert F. Kennedy Jr., atual Secretário de Saúde e Serviços Humanos. Após meses de conversa online, tomaram drinques no The Ivy e, depois, foram ao restaurante Fia. “Era como se eu estivesse conversando com um amigo com quem eu já trocava cartas há muito tempo, e eu já estava completamente apaixonada”, conta ela, que deve subir ao altar com Conor no segundo semestre de 2026. Romântica assumida, ela relembra o primeiro beijo no mesmo dia. “Parecia Réveillon em Copacabana. Fogos de artifício na minha cabeça. É como se eu tivesse desbloqueado novos níveis de conexão.”
Tudo começou quando ambos se seguiram no Instagram depois que a cantora conheceu a irmã de Conor, Kyra, em uma viagem ao México. Ela tomou a iniciativa de mandar mensagem, cuja resposta só veio meses depois. Mas quando começaram a conversar, não pararam mais, e o encontro pessoalmente foi em janeiro de 2022. Hoje, Giulia vive entre São Paulo e Los Angeles, onde o casal divide um lar. Foi lá que aconteceu o pedido de casamento, em agosto de 2024. Em uma casa ainda sem móveis e cheia de caixas, Conor improvisou com luz de velas e a música “Your Song”, de Elton John, para surpreendê-la com um anel de diamante em lapidação pera da icônica joalheria Tiffany&Co. “Quando toquei [a música] no piano para ele pela primeira vez, ele disse que se apaixonou mais ainda. Então virou nossa música”, diz Giulia, que conta que o noivo é romântico como ela.
Giulia Be na capa da Vogue Noiva de outubro 2025 com joias Tiffant & Co. e armação de flores NatKat Bridal
Jorge Wald/ Arquivo Vogue
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Apesar de morar em São Paulo atualmente, Giulia é carioca e cresceu no Rio de Janeiro, onde tem planos de fazer o casamento, especialmente para mostrar aos convidados que vêm do exterior a cidade que ela considera “cartão-postal” do país. “Para quem nunca conheceu o Brasil, se deparar com o Rio de Janeiro é muito mágico.” Ela já apresentou a Conor a Cidade Maravilhosa. “Eu falei: ‘Amor, agora você vai entender por que eu não fico impressionada com Los Angeles’”, brinca. Por ser um destination wedding para muitos convidados que vêm de fora, a ideia de Giulia é ter mais de um dia de comemoração, incluindo uma bênção no Cristo Redentor e algumas programações menores. “A família dele tem muitas tradições em casamento. Normalmente, eles se casam em Hyannis Port, nos Estados Unidos, e fazem regatas. No Rio de Janeiro, conseguimos jogar vôlei na praia.” Com a locação ainda em definição, outra possibilidade para a cantora é Petrópolis, região serrana do Rio. “Fui batizada na Catedral de Petrópolis.” A possibilidade de ter uma cerimônia no exterior, além do Brasil, também está em aberto. “Queremos entender como vai ser a aderência quando mandarmos os convites. Mas a resposta dos convidados dele é: ‘Eu sempre quis ir para o Brasil!’. Eu estou muito mais confiante do que ele porque eu sei o ‘molho’ que nós temos.”
Giulia Be na Vogue Noiva de outubro 2025
Jorge Wald/ Arquivo Vogue
Sobre o vestido de noiva, Giulia pensa em algo clássico. “Quero me casar de manga longa e gola alta”, conta ela, que tem entre suas referências de noiva Grace Kelly, Kate Middleton e também Carolyn Kennedy. Eu não imagino [o vestido de Carolyn, um modelo estilo slip dress assinado por Narciso Rodriguez] para a igreja”, diz ela, que está contando com a ajuda do stylist Pedro Sales. “Também é importante para mim ter algum designer brasileiro. Eu não sabia que ia ter essa projeção, então é uma oportunidade de mostrar a nossa moda”, diz a cantora, que pretende usar mais de uma peça. “Mas é muito difícil. Ainda mais quando você já fez uma Vogue [além da brasileira, ela foi capa do especial Noiva da versão portuguesa]. Eu já usei os vestidos mais lindos do mundo. E também tem uma pressão de entrar nessa família como noiva. Todas foram icônicas até agora e eu preciso entregar também.”
Vivendo um sonho de princesa, como ela mesma diz, com direito à tão cobiçada caixinha azul, duas capas de Vogue e destaque na mídia internacional (“a People ligou para o Conor pedindo fotos do noivado”), Giulia confessa que não esperava tamanha repercussão. Mas acredita que, de certa forma, a visibilidade pode trazer atenção à sua carreira. “Se o meu casamento puder ajudar as pessoas a conhecerem o meu trabalho, é algo que eu estou superdisposta a encarar e quero que aconteça. E o Conor é uma pessoa que, para além do sobrenome, tem tanto para falar, para adicionar no mundo.”
Giulia Be na Vogue Noiva de outubro 2025
Jorge Wald/ Arquivo Vogue
Feliz no amor, Giulia está também com sorte no jogo. Dona de hits como “Too Bad”, seu primeiro single lançado em 2019, e “Menina Solta”, de 2020, ela apresentou um novo projeto ambicioso em outubro, o álbum Giulia Be, desenvolvido por cerca de um ano com a Sony Latina, mas com algumas músicas escritas há até nove anos. As 21 faixas (sete cantadas em inglês, sete em português e sete em espanhol), todas acompanhadas de clipe, estão sendo divulgadas semanalmente. “É o projeto da minha vida. Eu nunca tive tanto orgulho de algo que eu vou botar no mundo. Não existe a possibilidade de a percepção das pessoas não mudar sobre mim em relação a isso. A Giulia Be, que vocês vão conhecer depois desse projeto, é 100% eu mesma. Estou mostrando todos os idiomas que eu canto, todas as histórias que eu tenho de nove anos atrás, três meses atrás…”, conta ela, que incluiu duas músicas dedicadas a Conor.
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Paralelamente à carreira de cantora, Giulia se lançou como atriz. Depois de estrear em Depois do Universo, em 2022, na Netflix, ela rodou o filme Dez Vantagens de Morrer Depois de Você, baseado no livro de mesmo nome de Fernanda de Castro Lima, em que atua com Any Gabrielly, que é uma de suas madrinhas de casamento.O longa tem previsão de lançamento nos cinemas em abril de 2026, e a música tema é composta por Giulia. Agenciada no exterior por Jason Weinberg, que cuida da carreira de Demi Moore e Kate Hudson, e Alissa Vradenburg, sócia dele na Untitled Entertainment, ela tem feito também testes para atuar internacionalmente.
Giulia Be usa vestido GIULLIÈR (R$ 9.200)
Jorge Wald/ Arquivo Vogue
Um dos pedidos do noivo é que Giulia cante no casamento “La Vie en Rose”, de Édith Piaf, um símbolo do amor e da esperança na França. Esses são sentimentos endossados por ela. “A fé é o mais importante no processo. Eu diria que a minha história com o Conor aconteceu porque acreditamos muito que o amor era para a gente. Eu sempre acreditei muito que o amor estava vindo.”