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Belo Horizonte,17/07/2025

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Heloisa Alves de Oliveira

Liberdade

Concreto


Liberdade

Liberdade


Há muros por toda parte!

Proletários, e corpos ricamente vestidos.

Um lugar feito de concreto, arte, racismo e Sol.

Depende do Olhar, da Alma de quem vê.

Muralhas de ilusão.

Onde a solidão brilha em passos marcados por suor.

Telhados nos muros do além.

E lá distante e tão perto, mora,

O balanço dos portões fechados para quem não pode  sentar-se ali.

Recanto escondido da Alma a disfarçar

O constrangimento de sufocar o ser humana,

Ser pensante ,  inteligente.

Finge ignorância para não gritar a injustiça

E de vítima resultar-se algoz.

Tempestade de tijolos e cimento

Em uma rara visão de pertences fantasiosos.

Que se fecharam sem que a imensidão do céu fosse notada.

Na voz calada ,por insultos engolidos, na dor e vivências  minimizadas.

Paisagem escassa transformada no desejo de estar do outro  lado.

Neste cenário, falseado de posições invertidas,

Na ausência de estar em um mundo de muros,

Concreto e escuridão.

Nasce uma estranha liberdade para além

De ser humano, no surto psicótico,

Escutar o Gritar do pássaro

Que sim, sou pessoa,cor de pele não sou.

Heloísa Alves



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