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Belo Horizonte,27/10/2025

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    Roblox exclui jogo que simula ataque a escolas após pedido da polícia

    metropoles.com
    Roblox exclui jogo que simula ataque a escolas após pedido da polícia

    O jogo Roblox, popular entre as crianças, excluiu, na semana passada, uma sala que simulava ataque a escolas, após pedido do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) da Polícia Civil de São Paulo. A plataforma também excluiu outro espaço, no qual era possível simular ações de tráfico de drogas.


    A informação foi divulgada ao Metrópoles pela delegada Lisandrea Salvariego, chefe do Noad, nesta segunda (27/10). “Pedimos a exclusão, preservação de dados e agora vamos investigar”, disse.


    O Roblox foi procurado para comentar o assunto, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.



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    Criminosos ocupam plataformas gamers


    A coluna Fabio Serapião mostrou, anteriormente, neste ano, que criminosos têm explorado plataformas gamers para buscar ou aliciar vítimas. De acordo com a reportagem, a explicação é a presença massiva de crianças e adolescentes nesses ambientes.


    Após o primeiro contato, e a criação de uma “relação”, os alvos são geralmente convidados a se deslocarem para outras redes — menores e menos moderadas –, onde o conteúdo violento é intensificado.


    Segundo a pesquisadora da radicalização on-line e fundadora do Stop Hate Brasil, Michele Prado, “existem as plataformas chamamos de ‘beacon’, que são os faróis e é onde geralmente eles [os criminosos] vão aliciar e vão recrutar. São aquelas plataformas mais amplas, TikTok, Roblox, Instagram, Steam”, afirma.


    A partir desse primeiro contato, criminosos constroem conexões com as vítimas para, eventualmente, poder se aproveitar de uma fragilidade emocional ou introduzi-las a um grupo de cibercriminosos onde é disseminado conteúdo violento ou ilícito.


    Os agentes do Noad, que trabalham infiltrados 24h por dia nas plataformas, dizem ser frequente e “muito nítido” crianças e adolescentes sendo aliciados para cometer crimes — que vão desde o cyberbullying, de forma mais frequente, à prática de maus-tratos.


    Também são frequentes, especialmente contra meninas, relações que culminam em autolesões, tentativas de suicídio e estupros virtuais, afirmou Lisandrea.


    Conteúdos de ódio e relação com ataques a escolas


    A exposição frequente a conteúdos de ódio pode ter consequências desastrosas entre crianças e adolescentes, como o Brasil viu em abril de 2023, com a série de ataques à escolas.


    “Isso é um problema real, grave, e que precisa também ser considerado. Afinal de contas, ninguém nasce odiando ninguém. As pessoas, se elas aprenderam em algum momento a odiar, é porque alguém ensinou, alguém incentivou”, afirmou o presidente da Safernet Brasil, Thiago Tavares, em entrevista ao Metrópoles.


    Conforme o especialista, pessoas em situação de vulnerabilidade e em desenvolvimento, como crianças e adolescentes, são as mais sensíveis a essa exposição.


    “Esse conteúdo pode causar dano também por isso, porque ele pode acabar engajando a pessoa, incentivando a pessoa a se engajar numa atividade de autolesão, de reforçar ideação e pensamentos suicidas, e assim por diante”, destacou.





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