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Belo Horizonte,02/08/2025

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Você se atreve a ter plantas carnívoras? Saiba como cuidar delas!

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Você se atreve a ter plantas carnívoras? Saiba como cuidar delas!


Plantas carnívoras são criaturas quase lendárias. A simples menção a elas evoca imagens de filmes de aventura, se não de terror. No entanto, na realidade, essas plantas podem representar um desafio interessante para os apaixonados por jardinagem, com a recompensa de uma exibição de formas e cores que beira a ficção científica.
Por que existem plantas que se alimentam de insetos?
A Dionaea muscipula (Dioneia muscipula) fecha rapidamente suas armadilhas ao detectar o movimento de um inseto, prendendo-o em seu interior. É eficaz contra moscas e outros insetos voadores
Nik/Unsplash
O simples fato de existirem plantas carnívoras já chama atenção. Na verdade, esse comportamento é apenas uma adaptação ao ambiente: essas espécies ocorrem principalmente em locais com solos ácidos e pobres em nutrientes, o que levou ao desenvolvimento de mutações que lhes permitiram capturar insetos como fonte de alimento.
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E isso aconteceu em várias partes do mundo: embora tenhamos a impressão de que essas plantas vêm de florestas tropicais, elas estão presentes em quase todo o planeta. Nos Estados Unidos, por exemplo, há espécies nativas como a Dionaea muscipula (conhecida como Vênus papa moscas) e várias espécies de Sarracenia; algumas espécies de Drosera (“orvalho-do-sol”) vêm da África do Sul; na Austrália, encontramos espécies como a Cephalotus follicularis, conhecida como “planta carnívora australiana”, e as plantas do gênero Heliamphora, que são típicas da Venezuela e do Brasil.
Há até plantas carnívoras na Península Ibérica! Ali existem cerca de 16 espécies nativas, incluindo várias espécies de Drosera e Pinguicula. Mas, independentemente da origem, todas essas plantas têm algo em comum: prosperam em áreas úmidas e pantanosas, por isso precisam de altos níveis de umidade quando cultivadas em casa.
Quais cuidados as plantas carnívoras precisam?
As nepenthes têm armadilhas em formato de copo contendo um líquido pegajoso , o que lhes permite capturar uma variedade maior de insetos
Getty Images
Embora cada espécie tenha suas necessidades específicas, existem alguns cuidados mais ou menos comuns a todas:
Iluminação
A maioria das plantas carnívoras prospera em climas temperados e precisa de muita luz. Portanto, o ideal é colocá-las em um local ensolarado, preferencialmente com luz solar direta por 4 a 6 horas por dia.
O cultivo ao ar livre pode funcionar, desde que não haja risco de temperaturas extremas: valores abaixo de 10 °C ou acima de 30 °C podem ser prejudiciais para muitas espécies.
Para quem vive em um clima muito seco, o melhor é optar por espécies adaptadas, como Drosophyllum lusitanicum (nativa do Mediterrâneo), ou algumas espécies de Drosera e Sarracenia.
Umidade
Como vimos, a maioria dessas plantas vem de ambientes muito úmidos. Dessa forma, convém manter uma umidade relativa entre 60% e 80%. Isso pode ser alcançado mantendo-as em um terrário, borrifando água destilada com um borrifador, colocando-as próximas a um umidificador ou — o mais comum — deixando o vaso sobre uma bandeja com água.
Rega
As plantas carnívoras devem ser regadas com água da chuva, água tratada por osmose reversa ou água desmineralizada. A água da torneira contém minerais que podem ser prejudiciais para elas.
O método mais comum é colocar o vaso sobre um prato ou recipiente com 1 a 2 cm de água destilada ou da chuva. Isso permite que o substrato absorva a umidade necessária sem encharcar. Em épocas mais quentes, será necessário encher o prato sempre que a água for completamente absorvida, o que pode acontecer a cada um ou dois dias. No inverno, a frequência pode ser reduzida para 2 ou 3 vezes por semana.
A técnica da imersão é boa para espécies como Dionaea muscipula, Drosera e Sarracenia. Para outras, como Nepenthes, Cephalotus e Pinguicula, é mais adequado regar diretamente sobre o substrato, garantindo que a água escoe. É importante não encharcar o solo, para evitar danos às raízes. As Nepenthes requerem rega diária em climas quentes, enquanto outras espécies podem precisar de regas menos frequentes.
Substrato
Use uma mistura especial para plantas carnívoras, com uma combinação 1:1 de turfa loira e perlita. Não utilize fertilizantes ou adubos convencionais, pois podem prejudicar a planta (lembre-se de que elas vêm de solos muito pobres).
É preciso alimentar as plantas carnívoras?
Droseras usam tentáculos pegajosos em suas folhas para capturar pequenos insetos, sendo especialmente eficazes contra mosquitos e outros insetos minúsculos
Getty Images
Ao contrário do que se imagina, não é necessário alimentar manualmente as plantas carnívoras na maioria dos casos: se estiverem ao ar livre, elas capturam insetos suficientes por conta própria. Se estiverem dentro de casa, pode ser benéfico oferecer um ou dois insetos por mês para estimular o crescimento, especialmente na primavera e no verão, quando estão mais ativas. No outono e no inverno, entram em dormência, e seu crescimento praticamente para.
Apesar da fama, uma planta carnívora sozinha não é capaz de eliminar pragas da casa. As armadilhas dessas plantas geralmente se fecham por uma ou duas semanas após capturar um inseto para digeri-lo, o que dá uma ideia de sua “capacidade alimentar”.
Quais são as plantas carnívoras mais fáceis para iniciantes?
À primeira vista, cuidar de uma planta carnívora pode parecer um desafio para jardineiros iniciantes (principalmente por conta da alta umidade que requerem). No entanto, há espécies mais resistentes, como a Drosera capensis. Ela prefere luz brilhante e indireta e pode ser regada por imersão (bandeja com água destilada). Já a Pinguicula (ou “manteiguinha”) tem a vantagem de tolerar condições mais secas que outras plantas carnívoras, embora ainda exija um substrato úmido.
Como cuidar das plantas carnívoras de acordo com a estação?
Como já adiantamos, as plantas carnívoras não se comportam da mesma forma no verão e no inverno. Durante a primavera e o verão, estão mais ativas e capturam mais insetos. É uma boa ideia deixá-las ao ar livre para que possam capturar mais insetos e se alimentar melhor. Além disso, elas agradecem a luz solar direta por algumas horas por dia. Se não puder colocá-las fora de casa, deixá-las perto de uma janela com bastante luz também funciona.
No outono e no inverno, muitas plantas carnívoras entram em um período de dormência e podem ser colocadas ao ar livre se você vive em clima ameno. Nessa fase, deve-se reduzir a rega, já que a planta não precisa de tanta água enquanto está "em pausa".
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Espanha.
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