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Belo Horizonte,17/07/2025

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Indústria rejeita retaliações aos EUA e pede ao governo “entendimento”

metropoles.com
Indústria rejeita retaliações aos EUA e pede ao governo “entendimento”

Representantes da indústria afirmaram, nesta terça-feira (15/7), que o Brasil “não será reativo intempestivamente” e que pediram ao governo brasileiro que busque entendimento nas negociações com os Estados Unidos no âmbito do “tarifaço”.


O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse que o setor produtivo está convergente em busca da solução contra a imposição de tarifas unilaterais por parte dos norte-americanos. “O que temos aqui é um perde-perde”, disse ele após reunião em Brasília para tratar do tema.


O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, reiterou que os empresários têm “absoluta confiança” na condução diplomática das negociações com os EUA.


A demonstração de apoio foi dada após reunião do governo federal com representantes do setor da indústria, um dos maiores afetados pelas tarifas de 50% sobre as exportações brasileirsa impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.



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Participaram da reunião, do lado do governo federal:



  • Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento;

  • Marcio Rosa, secretário-executivo;

  • Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior;

  • Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços;

  • Rodrigo Zerbone, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior;

  • Rui Costa, ministro da Casa Civil;

  • Bruno Moretti, secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil;

  • Jairo Gonçalves, assessor-chefe da Casa Civil;

  • Maria Laura da Rocha, embaixadora, ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores;

  • Maurício Carvalho Lyrio, embaixador, secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE;

  • Fernando Meirelles de Azevedo Pimentel, embaixador, diretor do Departamento de Política Comercial do MRE;

  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;

  • Guilherme Mello, secretário de Política Econômica;

  • Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos;

  • Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;

  • Olavo Noleto, secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da SRI;

  • Celso de Tarso, embaixador, chefe da Assessoria Especial Diplomática;

  • Vilma da Conceição Pinto, chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos e Sociais;

  • Daniel Brito, primeiro secretário da Assessoria Especial Diplomática.


Do lado dos setores, estavam presentes:



  1. Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer;

  2. Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI);

  3. Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp);

  4. José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq);

  5. Haroldo Ferreira, presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);

  6. Janaína Donas, presidente-Executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL);

  7. Fernando Pimentel, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT);

  8. Paulo Roberto Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci);

  9. Paulo Hartung, presidente Executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ);

  10. Armando José Giacomet, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci);

  11. Rafael Lucchesi, CEO da Tupy;

  12. Giovanni Francischetto, superintendente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas);

  13. Edison da Matta, diretor Jurídico e de Comércio Exterior do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças);

  14. Cristina Yuan, diretora de Relações Institucionais do Instituto Aço Brasil;

  15. Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG;

  16. Fausto Varela, presidente SINDIFER;

  17. Bruno Santos, diretor executivo ABRAFE;

  18. Alexandre Almeida, diretor RIMA.


Brasil é principal alvo do tarifaço


Desde o início da semana passada, os EUA têm notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. Até o momento, 24 parceiros comerciais foram taxados.


O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. Em resposta, o governo brasileiro defendeu a soberania nacional e se mostrou aberto para negociar com os norte-americanos.



Lei de Reciprocidade Econômica



  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade Econômica.

  • O texto estabelece critérios para suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por países ou blocos econômicos que impactem o Brasil.

  • O decreto também formaliza a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, responsável por deliberar sobre a aplicação de contramedidas provisórias e acompanhar as negociações sobre as medidas unilaterais impostas contra o país.

  • Integram o comitê os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que o presidirá, da Casa Civil da Presidência, da Fazenda e das Relações Exteriores.




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Com o tarifaço, diversos setores produtivos podem ser afetados, com destaque para agricultura e indústria de produção. De acordo com dados oficiais, cerca de 12% das exportações brasileiras têm como destino o mercado norte-americano.


Entre os principais produtos exportados para os EUA estão: óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e máquinas para o setor de energia.


Caso os países não cheguem a um acordo até 1º de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não descartou a possibilidade de aplicar o princípio da reciprocidade, previsto na Lei de Reciprocidade Econômica.


Confira a lista dos afetados pelo tarifaço:



  1. Brasil: 50%

  2. Laos: 40%

  3. Myanmar: 40%

  4. Camboja: 36%

  5. Tailândia: 36%

  6. Bangladesh: 35%

  7. Sérvia: 35%

  8. Indonésia: 32%

  9. África do Sul: 30%

  10. Argélia: 30%

  11. Bósnia e Herzegovina: 30%

  12. Iraque: 30%

  13. Líbia: 30%

  14. México: 30%

  15. União Europeia: 30%

  16. Sri Lanka: 30%

  17. Brunei: 25%

  18. Cazaquistão: 25%

  19. Coreia do Sul: 25%

  20. Japão: 25%

  21. Malásia: 25%

  22. Moldávia: 25%

  23. Tunísia: 25%

  24. Filipinas: 20%


*Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.





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