Seja bem-vindo
Belo Horizonte,08/05/2025

  • A +
  • A -

5 discos para você começar a ouvir jazz

gq.globo.com
5 discos para você começar a ouvir jazz


Há alguns marcos que dividem as crianças dos adultos. Um deles é o apreço pelo jazz, algo similar ao gosto pelo amargo das bebidas alcoólicas ou das comidas mais sofisticadas. Mas o jazz não está morto? Negativo, ele é um Highlander com mais de cem anos, que ainda pode ser ouvido na base dos raps mais vanguardistas de um Kendrick Lamar, por exemplo.
Para abrir seus caminhos para a grande contribuição da música norte-americana para o mundo, selecionamos cinco pratos básicos (mas saborosos) para nenhum gourmand musical botar defeito.
"Kind of Blue", de Miles Davis
Reprodução
1) "Kind of Blue", Miles Davis, 1959
"Kind of Blue” está para o jazz como Pelé está para o futebol. É o disco ideal para quem não manja nada do estilo e tem dificuldades para sons menos "comerciais". Elegante, traz harmonias agradáveis e melodias cantaroláveis, que fazem a cama aveludada para improvisos de alguns dos maiores músicos que já pisaram na terra. Além de Miles (cuja discografia é recheada de clássicos) estão lá os gigantes John Coltrane e Cannonball Adderley só pra citar alguns.
Se você gostar, também vai curtir: "Time Out", The Dave Brubeck Quartet
"A Love Supreme", John Coltrane
Reprodução
2) “A Love Supreme", John Coltrane, 1964
John Coltrane atingiu a fama acompanhando Miles Davis com seu saxofone, para, na sequência, se tornar um astro de jazz gravando álbuns solos memoráveis. No final de sua breve vida, Coltrane mergulhou fundo numa busca espiritual, que legou ao mundo esta joia – espécie de oração instrumental ou mantra universal para o século XX. O som mais espiritual que fizeram, desde a invenção do mantra "om". Sublime!
Se você gostar, também vai curtir: "Ptaah, the El Daoud", Alice Coltrane
"Porgy and Bess", Ella Fitzgerald e Louis Armstrong
Reprodução
3) "Porgy and Bess", Ella Fitzgerald e Louis Armstrong (1957)
Antes da explosão do bebop no final dos anos 1950, o que reinava era o som de Louis Armstrong, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, elegantes astros pop, que, inclusive, tocavam no rádio e na televisão. Neste álbum, temos um encontro de titãs que revisitam a mais famosa ópera de George Gershwin. É uma boa porta de entrada para os que não têm paciência para a música instrumental e inclui o clássico imortal "Summertime".
Se você gostar, também vai curtir: "Lady in Satin", Billie Holiday
“She was too good to me", Chet Baker
Reprodução
4) “She was too good to me", Chet Baker, 1974
Chet Baker unia o visual de James Dean, o vício junkie dos beats e o som do cool jazz a uma voz bossanovista apaixonante. Seu trompete minimalista toca a nota certa a cada segundo, convidando ao assobio e alternando o som limpo com canções orquestradas. Para um momento mais romântico, "Autumn Leaves" e "She Was to Good to Me"são tiro certeiro nos corações solitários.
Se você gostar, também vai curtir: "Getz/Gilberto", João Gilberto e Stan Getz, 1964
"Sankofa", Amaro Freitas,
Reprodução
5) "Sankofa", Amaro Freitas, 2021
Nem só de peças de museu vive o jazz. Vivão e vivendo, o estilo gera novos clássicos, inclusive aqui no Brasil, onde temos a alegria de ver o desabrochar do pianista pernambucano Amaro Freitas, um dos premiados pelo nosso GQ no Creativity Awards 2024, inclusive. Amaro e seu trio alternam melodias belíssimas com potencial para standard (caso da faixa título) com virtuosismo e experimentalismo.
Se você gostar, também vai curtir: "Moacir de Todos os Santos", Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz

Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.