Seja bem-vindo
Belo Horizonte,06/05/2025

  • A +
  • A -

Amanda Monteiro

Quermesse: o boteco onde o churrasco conta histórias e a saudade vira tempero

Tem lugar que a gente não apenas frequenta. A gente pertence. O Quermesse é um desses.


Quermesse: o boteco onde o churrasco conta histórias e a saudade vira tempero No Quermesse, a resenha é lei, a memória é tempero e a cerveja… trinca de gelada.

Aberto em 2009, em Curitiba, o bar nasceu do reencontro de uma família que se uniu novamente após a perda da matriarca, Maria Ângela. Foi ali, entre saudade e pão de queijo, que surgiu a ideia: criar um boteco onde todo mundo pudesse se sentir em casa.

A inspiração? Raiz. O pai mineiro, a memória afetiva, as cores das chitas, as antiguidades garimpadas com amor, tudo lembrava as festas de interior.


“Uma imersão em um mundo antigo de festas populares e memórias de infância com comida e bebida boas.”

E é exatamente isso que o Quermesse é: um mergulho no tempo, com sabor de churrasco na parrilla e som de risada na calçada.

“Bar, restaurante, boteco gourmet?”

Nem pensar.

“Para nós é um boteco raiz. Cerveja de garrafa gelada, caipirinha e pratos fartos pra compartilhar.”


E por falar em comida, a carne na parrilla é protagonista. Inspirada nas tradições do interior do Paraná, a casa resgata os churrascos feitos nas igrejas, as bistecas bovinas, os grandes cortes de alcatra.

Daí surgiu o carro-chefe: o bife sujo, feito na chapa, mergulhado no molho. Um clássico nascido da memória, batizado pela irreverência.

E tem também o queridinho Mignon Chic, uma espécie de fondue mineiro, servido dentro da panhoca. Comida de dividir, de pegar com a mão e rir com a boca cheia.


Nada disso seria possível sem os ingredientes certos, e eles são todos daqui mesmo: de Minas e Curitiba.

“Sempre trabalhamos com produtos locais, priorizando sempre a qualidade dos insumos.”

Na carta de bebidas, nada de firula.


“Raiz. Caipi de tudo quanto é jeito e cerveja congelada por fora, chegando na mesa.”

O ambiente? É aquele abraço de fim de tarde. A decoração resgata as quermesses de antigamente, e a nostalgia é quase palpável.


O Quermesse é democrático:

“Não tem idade ou classe. Todo mundo se sente bem aqui.”

Aliás, se tem algo que rola por lá são histórias.

Gente que ficou 24 horas bebendo no bar. Gente que foi pega no flagra pela esposa. Gente que pediu casamento. E também aqueles que fingiram passar mal pra justificar a “esticadinha”.

A cozinha é laboratório de improviso.

“Todos os pratos da casa nasceram meio assim, na base da tentativa, fazendo testes e mostrando para os clientes.”

E a equipe? Ninguém de salto alto. Todo mundo faz de tudo.


“Aqui todo mundo mete a mão na massa. Não tem gente com medo de trabalhar.”

Mas não se engane: apesar do jeitão solto, há cuidado em cada detalhe, inclusive no atendimento.

“Fazemos treinamento. Mas uma coisa todos têm em comum: gostam de trabalhar aqui.”

E o futuro?

Está sendo reformado, literalmente. A unidade da Praça Tiradentes vai ganhar uma nova cara ainda este ano, mas sem perder a alma. Porque o Quermesse não é só um bar.

“Sentimos uma enorme responsabilidade com isso: pessoas se conhecem, se apaixonam, se encontram aqui.”

A alma da casa está na poesia. No sabor de um beijo roubado depois da terceira prece.

“Foi numa tarde de quermesse depois de rezar três prece que eu disse préla: Mariazinha se eu te pedisse um beijo, tu me dá-se? Ela respondeu: Doce!”

E se você ainda não conhece o Quermesse, a recomendação é simples:

“Não perca mais tempo e vem!”


Endereço: Av. Brasil, 1348 - Santa Efigênia



COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.