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Belo Horizonte,01/10/2025

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    Bolsas Birkin: Hermès lidera mercado de luxo com alta nas vendas em 2025

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    Bolsas Birkin: Hermès lidera mercado de luxo com alta nas vendas em 2025

    Hermès impulsiona mercado de luxo com alta nas vendas de bolsas Birkin em 2025


    Crescimento sólido mesmo em cenário global desafiador


    Em meio a um mercado de luxo pressionado por tarifas e mudanças de comportamento do consumidor, a Hermès se destacou no segundo trimestre de 2025 com um crescimento sólido nas vendas de suas icônicas bolsas Birkin. A maison francesa registrou um aumento de 9% nas receitas em comparação ao mesmo período de 2024, alcançando € 3,9 bilhões, superando as expectativas do setor.


    A força da marca e sua estratégia focada em exclusividade e alto padrão de qualidade posicionaram a Hermès como a empresa de luxo mais valiosa do mundo em termos de capitalização de mercado, ultrapassando, inclusive, a gigante LVMH.


    Bolsas Birkin seguem como símbolo máximo de desejo


    O maior impulso nesse desempenho veio da divisão de artigos de couro da Hermès, com destaque para as bolsas Birkin e Kelly. A demanda por esses produtos, que são limitados propositalmente pela marca, permanece muito superior à oferta, mantendo sua aura de exclusividade.


    O crescimento orgânico de 12% na divisão de couro reflete não apenas a força das bolsas Birkin como produto de desejo entre clientes ultrarricos, mas também a eficácia da Hermès em proteger sua imagem de luxo extremo. O preço inicial de uma bolsa Birkin gira em torno de € 10 mil, podendo ultrapassar facilmente os € 100 mil em modelos mais raros ou personalizados.


    Estratégia comercial diante do “tarifaço” nos EUA


    Apesar das incertezas geradas pelo aumento das tarifas de importação nos Estados Unidos — como os 15% aplicados pelo governo Trump no chamado “dia da libertação” —, a Hermès mostrou resiliência. A empresa ajustou os preços para compensar o impacto das tarifas, especialmente no mercado norte-americano, onde as vendas cresceram surpreendentes 12,3% no trimestre.


    A Hermès indicou que não pretende realizar novos reajustes em 2025, após a atualização de preços feita em maio. Para o CEO Axel Dumas, os valores atuais já absorvem os efeitos tarifários sem comprometer a margem de lucro nem a atratividade da marca.


    Mercado global: desafios e oportunidades


    O crescimento da Hermès ocorre em um cenário desafiador para o setor. Enquanto a LVMH viu suas vendas caírem 4% e a Kering enfrenta dificuldades com a marca Gucci, a Hermès conseguiu se manter acima da curva, principalmente por sua base de clientes fidelizados e ultrarricos — perfil que é menos sensível a crises ou flutuações cambiais.


    Na Ásia-Pacífico (excluindo Japão), a marca reportou um crescimento de 3%, mesmo com a queda dos gastos com produtos de luxo por parte dos consumidores chineses, afetados por incertezas econômicas locais. Ainda assim, a Hermès mantém confiança no potencial de longo prazo do mercado chinês.


    Segmentos que merecem atenção


    Embora as bolsas Birkin e Kelly continuem como carro-chefe, outros segmentos da Hermès demonstraram sinais mistos. A divisão de moda cresceu 6% e a de seda, 4%, enquanto a unidade de relojoaria apresentou queda no período. Já os lenços de seda e produtos de beleza tiveram retração de 4% no primeiro semestre, indicando menor interesse dos consumidores em produtos de entrada da marca.


    Essa mudança de comportamento evidencia um declínio no número de consumidores aspiracionais — aqueles que compram ocasionalmente itens mais acessíveis da marca. O foco estratégico, portanto, permanece nos clientes regulares e de altíssimo poder aquisitivo, que continuam impulsionando as vendas dos produtos mais icônicos.


    Base de clientes seletiva é diferencial competitivo


    A Hermès mantém uma política restritiva de distribuição das bolsas Birkin e Kelly, o que amplia ainda mais o apelo aspiracional das peças. A escassez artificial e a personalização exclusiva reforçam o status das bolsas como símbolos máximos de luxo, desejo e sofisticação.


    Essa estratégia, aliada ao atendimento sob medida e ao relacionamento próximo com os clientes VIPs, garante à Hermès uma posição de destaque no mercado global de artigos de luxo. A empresa parece imune aos efeitos da “comoditização” que ameaça marcas que apostam em produtos de massa.


    O futuro das bolsas Birkin e do setor de luxo


    Apesar de pressões externas como tarifas, volatilidade cambial e comportamento de consumo mutável, a perspectiva da Hermès segue positiva. A estratégia de foco no altíssimo luxo, aliada à produção artesanal e limitada, sustenta a imagem da marca e mantém alta a demanda por suas bolsas Birkin.


    O segmento de ultra-luxo tende a permanecer resiliente, mesmo diante de instabilidades econômicas. Investidores e analistas seguem atentos à capacidade da Hermès de manter margens elevadas e aumentar valor de mercado em um setor cada vez mais competitivo.




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