A doença celíaca é uma enfermidade autoimune caracterizada pela intolerância ao glúten. A incidência, que era de 0,5% a 1% na população em geral, tem aumentado nos últimos anos.

Os sintomas incluem perda de peso, anemia, distensão abdominal, cansaço e indisposição, atingindo o sistema digestivo, mas pode incluir o comprometimento de outros órgãos, como revela a médica gastroenterologista Danieli Batista:

“Além das manifestações e da agressão ao digestivo, que é o mais conhecido, nós temos também manifestações na pele, que chamamos de dermatite herpetiforme. Placas que coçam, pruriginosas, podem ser manifestação de celíaca; alteração de enzimas do fígado, que chamamos de hepatite celíaca; anemia, justamente por esta má absorção; dificuldade para engravidar; abortamento”.

Os sintomas da doença celíaca, em geral, aparecem entre os 6 meses e os 2 anos e meio de vida, mas os portadores da enfermidade podem manifestar os sintomas mesmo na fase adulta. 

O diagnóstico da celíaca é feito por exame clínico com médico especialista, que vai analisar os sintomas. Biopsia do intestino, por meio de endoscopia, exames de sangue e dieta restritiva sem glúten também podem ser requeridos pelos médicos.

Não há cura, mas a pessoa pode ter uma vida normal sem glúten, como destaca a médica gastroenterologista Danieli Batista:

“Cada um tem o seu normal. O que é o normal para o celíaco? Não comer glúten. Ele, com a dieta isenta de glúten, apesar de desafiadora, o organismo volta a funcionar 100%, porque, para o celíaco, sim, o glúten é inflamatório”.

Hoje, 16 de maio, é o Dia de Conscientização da Doença Celíaca, na campanha Maio Verde.

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